Dia Mundial do Teatro

Bernardo Santareno e Mário Viegas são dois nomes incontornáveis do teatro português. Nasceram em Santarém, foram alunos do Liceu Sá da Bandeira . Nesta data, a Biblioteca da Sá da Bandeira recorda sempre os alunos que, nesta Escola, logo mostraram a diferença do talento maior que os animava.

Em 2020, Bernardo Santareno foi evocado pelo centenário – menino, António Martinho do Rosário, como estudante do Liceu; homem, como dramaturgo ímpar do século XX. A Biblioteca testemunhou o percurso do aluno, mostrou as obras, divulgou a sua poesia. Pesquisando no blogue, podemos encontrar todas aqui todas as ‘cenas’ no palco da Biblioteca.

Em maio de 2016, a Biblioteca da Sá da Bandeira promoveu duas sessões em que recordou o aluno que traçou no jornal do Liceu, ‘O Mocho’, algumas  linhas do seu futuro como homem de teatro e poesia. As imagens de então podem ser vistas aqui.

Sobre a guerra

Entre azul e amarelo, a exposição com literatura de e sobre guerra – aprendizagens por interiorizar, textos para recordar e refletir sobre anos de conflitos fundados nas razões vãs do poder. Por que razão não aprendemos?

Literatura de e sobre guerra -a exposição na biblioteca da Sá da Bandeira.

O Mário na Biblioteca, com afeto!

Conversas de afetos na Biblioteca – a vida de Mário Viegas nas palavras da irmã e do amigo: Hélia Viegas e Jorge Custódio. Dois dias dedicados ao estudante do Liceu de Santarém que tanto fez pelo teatro deste país (e mais fizera, se tão cedo não nos deixara, falando ao jeito de Camões).

Por duas vezes, uma Biblioteca cheia de alunos, para conhecerem   as pequenas estórias do  recitador de versos e de sonhos, contadas pela irmã e pelo amigo.

Percursos de quem disse “O teatro sempre foi a minha vida e a minha morte.”, narrados na Biblioteca da Sá da Bandeira:

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Sá da Bandeira, patrono da Escola

Sá da Bandeira – O português mais ilustre do seu século

No aniversário do patrono da Escola, a Biblioteca mostra um objeto único –

o mapa de Angola, coordenado pelo ainda Visconde de Sá da Bandeira, enquanto Ministro da Guerra.

Mais do que o  político liberal que lutou pela liberdade de um país e das pessoas,

Bernardo de Sá Nogueira foi o humanista cuja ação determinou futuros. 

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Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, 1º Barão, 1º Visconde e 1º Marquês de Sá da Bandeira, nasceu em Santarém em 26 de Setembro de 1795 e faleceu em Lisboa no dia 6 de Janeiro de 1876.

Sá da Bandeira, “o português mais ilustre do seu século”, segundo as palavras de Alexandre Herculano, ingressou na carreira militar com 14 anos, tendo desempenhado papel fulcral em todos os momentos difíceis que o país atravessou. Destacou-se, no entanto, na Guerra Civil de 1832-1834 pela sua coragem, honradez, tenacidade e clarividência. O valente militar foi merecendo sempre, e cada vez mais, a confiança do imperador D. Pedro e do exército. Foi durante o comando de tropas que, no sítio chamado Alto da Bandeira, na Serra do Pilar, Sá Nogueira foi ferido com uma bala no braço direito que originou a sua amputação. A 4 de Abril de 1832, Sá Nogueira foi agraciado com o título de Barão de Sá da Bandeira.

Enquanto cidadão, a nobreza de carácter, a frontalidade, o empenho que dedicava às causas públicas e a confiança que inspirava, juntamente com uma cultura vasta, inteligência fina, o respeito pelas instituições, pelas leis, pela soberania nacional e a afabilidade de trato fizeram dele uma referência fundamental da sociedade oitocentista.

Quanto ao político Sá Nogueira, evidenciam-se dois aspectos fundamentais na sua prática de governante: o desprendimento do poder, apesar de ter sido cinco vezes Presidente do Conselho de Ministros, dezoito vezes Ministro efectivo e dezasseis vezes Ministro Interino. Foi também enquanto político que o Marquês de Sá da Bandeira empreendeu aquela que se pode considerar a mais nobre das suas tarefas: a abolição da escravatura, em 1869. Tal facto, conferiu-lhe a projecção universal que o tornou um símbolo da liberdade, do humanismo, da igualdade entre os homens e do respeito pelo próximo. 

600 anos de Ceuta

Ceuta

A conquista da cidade marroquina de Ceuta, tomada em 1415 por uma expedição comandada pelo próprio rei D. João I, é comummente considerada como momento fundador da expansão ultramarina portuguesa. Devido a esta importância primordial, a conquista de Ceuta tem sido tema de intenso debate na historiografia portuguesa ao longo dos séculos. As razões que fundamentaram a vontade de conquistar um território fora da Península, tal como as razões que levaram à escolha de Ceuta, são ainda hoje debatidas. (…)

A conquista de Ceuta apresentava ademais a vantagem de visar um local estratégico para o domínio do estreito de Gibraltar, controlando as rotas comerciais que ligavam o Mediterrâneo à Europa Ocidental. Apesar de Ceuta ser igualmente um porto receptor do comércio saariano, comércio esse que deixou largamente de frequentar a cidade após a conquista portuguesa, o principal interesse económico da conquista da cidade seria a defesa quer das rotas marítimas que cruzavam o estreito, quer das pescas junto à costa atlântica de Marrocos. Os grupos mercantis portugueses e estrangeiros viam assim como vantajosa a conquista da cidade, que poderia igualmente servir como ponto de apoio aos mercadores cristãos e base de combate às actividades dos corsários muçulmanos. 

Por fim, o próprio saque, que seria obtido da conquista de uma cidade portuária tão rica como Ceuta, surgia como um factor apelativo, acrescentando-se ao reforço da posição política e diplomática do Reino de Portugal, face à Santa Sé e ao conjunto da Res Publica Christiana, que adviria do sucesso da guerra ao infiel.

via: http://www.fcsh.unl.pt/cham/eve/content.php?printconceito=1131

Fevereiro – o documento do mês

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Datado de 1898, o Atlas de Botanica é um documento único, cuja singularidade é atestada pela menção  de destino constante na capa – o Lyceu de Santarém.

O rigor científico, a minúcia de traço, a qualidade da impressão e estampagem, fazem deste livro um testemunho precioso da importância dada às ciências, no ensino público.

Na folha de rosto, a informação – Para uso dos Lyceus (I,II,III e IV classes) – permite-nos afirmar que esta obra assume uma função de referência, enquanto atlas, semelhante à do ‘livro único’.

Os carimbos atestam a posse, do Liceu de Sá da Bandeira (grafia posterior a 1911), e o uso, assim como a localização – o Laboratório de Sciencias Naturais. Esta última informação comprova o Liceu enquanto escola dotada de equipamento moderno e práticas pedagógico-didáticas atentas e ajustadas aos alunos.

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