Biodiversidade

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A 22 de maio de 1992,  as  Nações Unidas  adotaram o texto final da Convenção da Diversidade Biológica, que projeta o respeito pela biodiversidade, promovendo a  sustentabilidade e o reconhecimento do património natural como riqueza singular a valorizar por todos.  

Assim, celebra-se todos os anos o Dia Internacional da Biodiversidade.

Este ano, o tema é “Integração da Bioversidade para apoio às populações e aos seus meios de subsistência”. 

MapaÁreasProtegidas-ICNF

Em Portugal, as áreas protegidas são meios de promoção e educação para a preservação da Natureza. Igualmente, alguns constituem fontes de rendimento para as  populações que aí vivem.

 Todavia, há alturas em que a biodiversidade vem ter à cidade e pode ser acompanhada em direto – uma ninhada de falcões que vale a pena conhecer:

Mário de Sá-Carneiro: ‘de tudo houve um começo…’

Lisboa, 19 de maio de 1890

 Passei pela minha vida

Um astro doido a sonhar.

Na ânsia de ultrapassar,

Nem dei pela minha vida…

Paris, 26 de abril de 1916:

(Que história d’Oiro tão bela

na minha vida abortou:

eu fui herói de novela

que autor nenhum empregou…).

O Mário na Biblioteca, com afeto!

Conversas de afetos na Biblioteca – a vida de Mário Viegas nas palavras da irmã e do amigo: Hélia Viegas e Jorge Custódio. Dois dias dedicados ao estudante do Liceu de Santarém que tanto fez pelo teatro deste país (e mais fizera, se tão cedo não nos deixara, falando ao jeito de Camões).

Por duas vezes, uma Biblioteca cheia de alunos, para conhecerem   as pequenas estórias do  recitador de versos e de sonhos, contadas pela irmã e pelo amigo.

Percursos de quem disse “O teatro sempre foi a minha vida e a minha morte.”, narrados na Biblioteca da Sá da Bandeira:

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Conversas na Biblioteca

Mário Viegas, recitador de poemas e de sonhos, é a personagem.

Sobre o irmão, o amigo, o ator, falam Hélia Viegas e Jorge Custódio.

Duas sessões, dois momentos de conversa sobre o aluno que traçou no jornal do Liceu ‘O Mocho’ algumas  linhas do seu futuro como homem de teatro; encontros sobre a pessoa que, faz vinte anos, nos surpreendeu com  a maior partida de um dia primeiro de abril.

MÃE

 

Mãe-PauloGalindro

No centro de mim – Paulo Galindro

Elas são as mães:

rompem do inferno, furam a treva, 

arrastando 

os seus mantos na poeira das estrelas.

Animais sonâmbulos, 

dormem nos rios, na raiz do pão.

Na vulva sombria

é onde fazem o lume: 

ali têm casa. 

Em segredo, escondem 

o latir lancinante dos seus cães.

Nos olhos, o relâmpago 

negro do frio.

Longamente bebem 

o silêncio 

nas próprias mãos.

O olhar 

desafia as aves: 

o seu voo é mais fundo.

Sobre si se debruçam 

a escutar 

os passos do crepúsculo.

Despem-se ao espelho 

para entrarem 

nas águas da sombra.

É quando dançam que todos os caminhos 

levam ao mar.

São elas que fabricam o mel, 

o aroma do luar, 

o branco da rosa.

Quando o galo canta 

Desprendem-se 

para serem orvalho.

Eugénio de Andrade

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